RESUMO: As coberturas jornalísticas da saúde e da saúde coletiva se ressentem da problemática mais geral de todo o jornalismo que é o caráter de mercadoria da notícia. A notícia, como produto de mercado, ganha contornos mais graves quando se trata da saúde porque, também neste campo, há uma crescente mercantilização com a predominância de reportagens sobre o corpo, a beleza e os problemas de saúde que afetam as pessoas. Essas notícias vendem muito mais do que outras notícias de saúde e, por isso, são consideradas estratégicas no campo da comunicação. Neste contexto, intensificam-se os conflitos entre profissionais da saúde e de comunicação, especialmente os jornalistas, e desses com o processo mais geral de produção de notícias. Há uma tensão permanente entre o valor de mercado da notícia e o caráter democrático que deve ter a comunicação.
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Kuscinsky, B. (2002). Jornalismo e saúde na era neoliberal. Saúde e Sociedade, 11(1), 95–103. https://doi.org/10.1590/s0104-12902002000100010
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