Autopercepção de vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis e Aids em mulheres

  • Silveira M
  • Béria J
  • Horta B
  • et al.
N/ACitations
Citations of this article
30Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

OBJETIVO: Investigar comportamentos de risco e autopercepção de vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis (DST) e à Síndrome de imunodeficiência adquirida (Aids) em mulheres. MÉTODOS: Dos 281 setores censitários existentes na cidade de Pelotas, RS, foram selecionados 48 a partir de amostragem sistemática. Foi entrevistada uma amostra de 1.543 mulheres, de 15 a 49 anos, por meio de questionário composto de três partes (informações socioeconômicas, perguntas aplicadas em entrevista, questionário auto-aplicado). Para tabulação dos dados, foi utilizado o programa Epi-Info, versão 6.0. Para análise estatística dos dados foram usados o teste de Kappa e a razão de odds. RESULTADOS: Na amostra, 64% das mulheres achavam impossível ou quase impossível adquirir DST/Aids. Os principais comportamentos de risco foram o não uso de preservativo na última relação antes do depoimento (72%); início das relações sexuais com menos de 18 anos (47%); uso de álcool ou drogas pelo parceiro (14%) ou pela mulher (7%) antes da última relação; dois ou mais parceiros nos três meses que antecederam o depoimento (7%) e sexo anal na última relação (3%); 44% das mulheres apresentaram dois ou mais comportamentos de risco. A sensibilidade da autopercepção, usando como padrão o escore de risco igual ou superior a dois, foi de 41 %. Sua especificidade de 67%. CONCLUSÕES: A autopercepção de vulnerabilidade não é um bom indicador, pois as mulheres não identificam corretamente seu nível de risco.OBJECTIVE: To investigate risk behaviors and self-assessment of the vulnerability to sexually transmitted diseases (STD) and acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) among women. METHODS: A systematic sample including 48 of 281 census tracts in the urban area of Pelotas, Brazil, was selected. There were interviewed 1,543 women, aged between 15 and 49 years, who had ever been sexually active. Risk behaviors were assessed using a confidential questionnaire that consisted of three sections: socioeconomic profile, interviewers' and self-administered questions. Data analysis was conducted using Epi-Info software, version 6.0. Statistical analysis was carried out using Kappa test and odds ratio. RESULTS: Of all women in the sample, 64% considered impossible or almost impossible for them to acquire an STD or AIDS. The main risk behaviors were non-use of condoms in their last intercourse (72%); onset of sexual activity before age 18 years (47%); drug or alcohol use by the partner (14%) or the woman (7%) before their last intercourse; two or more partners in the last three months (7%); and anal sex in the last intercourse (3%); 44% reported two or more risk behaviors. Using a risk score of two or more points as the gold standard, sensitivity and specificity of self-assessment were 41% and 67%, respectively. CONCLUSIONS: Self-assessment of vulnerability is not an adequate indicator of STD and AIDS vulnerability since women do not have an appropriate perception of their risks.

Cite

CITATION STYLE

APA

Silveira, M. F., Béria, J. U., Horta, B. L., & Tomasi, E. (2002). Autopercepção de vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis e Aids em mulheres. Revista de Saúde Pública, 36(6), 670–677. https://doi.org/10.1590/s0034-89102002000700003

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free