Neste artigo, pergunta-se sobre as dimensões societárias das atuais mutações do trabalho, em particular sua desconexão dos dispositivos do emprego sob as formas variadas de trabalho precário e de subcontratação, ou seja: de que modo as novas realidades do trabalho (e do não-trabalho) redesenham o mundo social, as relações de força e os campos de práticas que fazem a tessitura da cidade e seus espaços. As circunstâncias do trabalho precário e intermitente alteram tempos e espaços da experiência social, bem como a própria experiência urbana nos circuitos descentrados dos "territórios da precariedade". Este artigo propõe prospectar essas novas realidades seguindo os percursos e as trajetórias urbanas das novas gerações. Acredita-se que essa pode ser uma via de entrada profícua para a descrição desse mundo social redefinido: a diferença entre as gerações tem hoje a peculiaridade histórica de coincidir com mudanças de fundo no mundo do trabalho e nas dinâmicas urbanas. Por outro lado, essa é também uma maneira de relançar a pergunta sobre os sentidos do trabalho e seus efeitos estruturantes na vida social
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Telles, V. da S. (2006). Mutações do trabalho e experiência urbana. Tempo Social, 18(1), 173–195. https://doi.org/10.1590/s0103-20702006000100010
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