O homem é uma máquina maravilhosa movida a água, oxigênio e alimentos. Extremamente eficiente, o corpo humano tem a potência de uma lâmpada (100W). Sua inteligência criou grandes obras e se engajou em guerras. Ao longo dos séculos, foi capaz de passar da pedra lascada às viagens para fora do Sistema Solar. O homem se multiplicou e dominou o planeta, tirando dele os recursos necessários à sua sobrevivência e à satisfação de suas necessidades e desejos. Um milhão de anos atrás, as necessidades do homem primi- tivo eram relativamente poucas e relacionavam-se intrinsecamente à sua sobrevivência. Energeticamente, dependia das cerca de 2 mil quilocalorias (kcal) extraídas dos alimentos que conseguia obter a duras penas. Há 7 mil anos o homem dominava a energia de ani- mais de tração: um cavalo substituía a força de oito homens. Para o homem nômade primitivo, os recursos naturais eram aqueles que estavam diretamente ao seu alcance. Com o tempo, dominou o fogo e passou a cortar lenha para se aquecer e cozinhar. Com o aumento da população há pouco mais de 7 mil anos, foi necessário aumentar a produtividade na Os nobres do Império Romano quantificavam suas riquezas em número de escravos, o que correspondia em termos energéticos a múltiplos de 2 mil kcal por dia. Nos dias de hoje, o consumo energético por habitante no mundo equivaleria a cerca de 20 “escravos”. obtenção dos recursos através da agricultura.
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Goldemberg, J., & Lucon, O. (2007). Energias renováveis: um futuro sustentável. Revista USP, (72), 6–15. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i72p6-15
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