INTRODUÇÃO: O tratamento do terço superior da face deve ser amplo, englobando as regiões frontal e temporal. Entretanto, em decorrência das potenciais complicações e da cicatriz extensa, o lifting coronal tem sido evitado e substituído por técnica endoscópica e procedimentos menos invasivos, porém, talvez, menos eficazes. O objetivo deste estudo é propor uma tática cirúrgica com eficácia similar à do lifting coronal, sem, no entanto, as complicações típicas desse procedimento. MÉTODO: Foi realizada análise retrospectiva de 20 pacientes do sexo feminino, consecutivas, com média de idade de 53,3 anos, submetidas a lifting cervicofacial, no período de fevereiro de 2008 a julho de 2011. Foram avaliadas a sensibilidade da região abordada (anestesia, hipoestesia, hiperestesia, parestesia), a função motora do ramo temporal do nervo facial (movimento do músculo frontal), e a cicatrização (alargamento e alopecias). RESULTADOS: Não houve complicações sensitivas ou motoras, bem como vasculares. Também não foram observados alargamento cicatricial ou alopecias. Uma paciente precisou de revisão da miectomia dos músculos corrugadores e outra foi submetida a miectomia do músculo orbicular lateral do olho, para otimização do resultado. CONCLUSÕES: A tática é segura, simples, não necessita de equipamentos ou materiais especiais, e tem a vantagem da ampla e boa distribuição cutânea, englobando as regiões frontal e temporal.
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Chia, C. Y. (2012). Suspensão temporofrontal gálea-periostal com duplo acesso: tática conservadora. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, 27(3), 398–404. https://doi.org/10.1590/s1983-51752012000300012
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