A melancia, Citrullus spp., pode ser infetada por várias espécies de vírus, dentre as quais se destacam as pertencentes à família Potyviridae. Visando identificar fontes de resistência a potyvírus, foi iniciado na UFC um programa de indexação do banco de germoplasma de melancia da Embrapa Semi-Árido. Foram utilizadas as espécies de potyvírus, isoladas de cucurbitáceas no Nordeste: Papaya ringspot virus type W (PRSV-W); Watermelon mosaic virus-2 (WMV-2) e Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV). Dos 50 acessos de melancia avaliados, 37 pertencem a Citrullus lanatus, 9 a C. lanatus var. citroides e 4 a C. colocynthis. Em casa-de-vegetação foram inoculadas 4 plantas envasadas de cada acesso com PRSV-W, 4 com WMV-2 e 4 com ZYMV, ficando 4 sem inoculação. As inoculações foram efetuadas 8 dias após o plantio, e 15 dias depois. As plantas assintomáticas foram reinoculadas. As plantas que persistiram sem sintomas, após um período de 25 dias após a primeira inoculação, foram testadas por ELISA contra os anti-soros correspondentes. Dentre os acessos avaliados, 5 mostraram-se resistentes aos 3 vírus, um resistente somente ao PRSV-W, 21 resistentes somente ao ZYMV e nenhum com resistência isolada ao WMV-2. No entanto, 45 acessos apresentaram resistência ao ZYMV isoladamente ou em combinação com outro potyvírus. Os acessos suscetíveis, apresentaram sintomas 10 dias após a primeira inoculação enquanto que os resistentes permaneceram sem sintomas após a segunda inoculação e com resultados negativos em ELISA. Alguns acessos poderão ser cruzados visando obter populações segregantes para a seleção de indivíduos homozigotos recessivos e, juntamente com os acessos com resistência tripla identificados, ampliar a variabilidade genética de fontes quanto a características de planta e fruto.The watermelon, Citrullus spp., can be infected by several virus species from the Potyviridae family. In the Universidade Federal do Ceará (Brazil), a research program was started to identify sources of resistance to Papaya ringspot virus type watermelon (PRSV-W), Watermelon mosaic virus-2 (WMV-2) and Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV) utilizing accessions from the watermelon germplasm bank from Embrapa Semi-Árido in Petrolina. In the green house experiments, 4 plants of each accession were inoculated, separately, with PRSV-W, WMV-2 and ZYMV, 8 days after planting date. Four plants from each accession were maintained as control not inoculated. The symptoms appeared in 10 days, after inoculation, in the susceptible accessions. Fifteen days after the first inoculation, the plants without symptoms were re-inoculated. Twenty-five days after the first inoculation the accessions were evaluated through ELISA test, against the 3 virus antisera and the plants without symptoms gave negative results. Five accessions were resistant to three virus, 3 of them from Citrullus lanatus, one from C. lanatus var. citroides and other from C. colocynthis. Only one accession was resistant only to PRSV-W, 21 were resistant only to ZYMV and neither one presented resistance only to WMV-2. Nevertheless, 45 accessions showed resistance to ZYMV alone and in combination with other potyviruses. Some accessions can be crossed in order to obtain plants with triple resistance in segregating populations for plant and fruit characters, increasing the genetic variability of the sources of resistance to the main watermelon potyvirus.
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Oliveira, V. B. de, Queiroz, M. A. de, & Lima, A. A. (2002). Fontes de resistência em melancia aos principais potyvírus isolados de cucurbitáceas no Nordeste brasileiro. Horticultura Brasileira, 20(4), 589–592. https://doi.org/10.1590/s0102-05362002000400015
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