Introdução: A Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer – subescala cognitiva (ADAS-Cog) é uma bateria neuropsicológica breve desenvolvida para caracterizar o desempenho cognitivo de doentes com doença de Alzheimer. Avalia as funções tipicamente mais comprometidas na doença de Alzheimer considerando os seguintes domínios cognitivos: memória, orientação, linguagem, praxia e capacidade construtiva. A deteção precoce das alterações cognitivas assim como a sua monitorização são fundamentais para a prática em ambos os contextos clínico e de investigação. O presente estudo tem como objetivos analisar as propriedades psicométricas da versão portuguesa da Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer – subescala cognitiva e estabelecer dados normativos para a população portuguesa.Material e Métodos: A versão portuguesa da Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer – subescala foi administrada a 223 participantes cognitivamente saudáveis. Todos os participantes foram avaliados com os seguintes instrumentos: Mini-Mental State Examination, Montreal Cognitive Assessment e Inventário de Avaliação Funcional de Adultos e Idosos. Considerou-se como critério para a inclusão no estudo obter um desempenho normal nestas três provas.Resultados: A Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer – subescala revelou boas propriedades psicométricas quando utilizada na população portuguesa. A idade demonstrou ser o principal preditor do desempenho na Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer – subescala (R2 = 0,123), tendo a escolaridade menor influência (R2 = 0,027). Em conjunto, estas variáveis sociodemográficas explicaram 14,4% da variância na pontuação total da Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer – subescala, sendo ambas consideradas na estratificação dos dados normativos para a população portuguesa.Conclusão: A pontuação total média na Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer – subescala foi de 6 pontos. Os dados normativos foram estabelecidos de acordo com a idade e escolaridade, sendo estas variáveis sociodemográficas as que mais contribuíram para a predição do desempenho na Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer – subescala, explicando 14,4% da variância. Os dados normativos são de extrema importância para o uso adequado desta bateria em Portugal.
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Nogueira, J., Freitas, S., Duro, D., Tábuas-Pereira, M., Guerreiro, M., Almeida, J., & Santana, I. (2018). Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer - Subescala Cognitiva (ADAS-Cog): Dados Normativos para a População Portuguesa. Acta Médica Portuguesa, 31(2), 94–100. https://doi.org/10.20344/amp.8859
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