Na Amazônia há uma ampla extensão de solos que resultam de ocupações indígenas pré-coloniais. Esses solos, muito férteis e estáveis, são denominados Terra Preta de Índio (TPI), e são correlacionados à deposição de matéria orgânica, maior espessura do refugo ocupacional e maior densidade de cerâmica, indicando áreas de atividades constituídas ao longo do tempo por diferentes processos de ocupação humana no passado. Na Amazônia Oriental, região de interflúvio Xingu-Tocantins, alguns estudos vem demonstrando que a formação da TPI nos sítios arqueológicos está intimamente relacionada ao estabelecimento das populações falantes de línguas Tupi-Guarani, aspecto esse evidenciado no sítio Onça Puma 3 a partir da correlação entre os depósitos de TPI e o estilo tecnológico das cerâmicas identificadas nesses sítios.
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Garcia, L., Costa, J. A., Kern, D. C., & Frazão, F. J. L. (2015). Caracterização de solos com terra preta: estudo de caso em um sítio tupi-guarani pré-colonial da Amazônia oriental. Revista de Arqueologia, 28(1), 52–81. https://doi.org/10.24885/sab.v28i1.415
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