Esse artigo ensaístico explora como as características interpessoais e gerenciais do gestor podem influenciar no uso do modelo de inovação aberta nas organizações de pequeno porte. Optou-se por agregar aos entendimentos acerca da inovação aberta as concepções básicas do organizing de Karl Weick (1973) para a compreensão da lógica cognitiva dos gestores e dos aspectos culturais das organizações. Os indícios teóricos apontaram que no contexto dos pequenos empreendimentos o modelo é fortemente influenciado pelas características interpessoais do gestor, grau de institucionalização da empresa, bem como por sua cultura e identidade. O modelo de inovação aberta precisa não apenas ser “lido” (interpretado) pelos gestores que irão incorporá-lo e utilizá-lo, mas também precisa fazer sentido para eles. Nesse sentido, para a efetiva adoção do modelo de inovação aberta se faz necessário criar uma atmosfera propícia à captação das novas fontes de valor, mudando o foco da empresa para a forma aberta de encarar a competição empresarial e tendo no gestor o principal responsável por essa mudança. Como contribuição dessa pesquisa está a análise baseada no indivíduo-gestor como forma de compreender a efetividade do modelo de inovação aberta nos empreendimentos de pequeno porte, em que a figura do dono e do gestor muitas vezes se confunde.
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Silva, G., Dacorso, A. L. R., & Montenegro, L. M. (2016). MAIS DO QUE NEGÓCIOS ABERTOS, MENTES ABERTAS. REGEPE Entrepreneurship and Small Business Journal, 5(2), 03–23. https://doi.org/10.14211/regepe.v5i2.346
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