As complicações do parto normal que a maioria das mulheres apresenta, são os traumas perineais, como episiotomia e lacerações. A laceração espontânea pode ser causada por fatores relacionados a episiotomia, condições maternas e da criança que podem aumentar as chances de uma laceração mais grave. Estas lacerações podem lesionar a pele e os músculos, dependendo do grau e gravidade da lesão. O que impulsionou a realização deste trabalho foi perceber, por meio de uma análise na literatura vigente, a incidência da laceração perineal e episiotomia no Brasil. O objetivo desta pesquisa é verificar e obter o número de lesões perineais e identificar o perfil das mulheres que obtiveram parto por via vaginal e tiveram presença de laceração perineal ou episiotomia. Neste estudo transversal, a amostra foi composta por 351 prontuários de puérperas que tiveram parto normal entre o período de setembro de 2017 e fevereiro de 2018 no Hospital e Maternidade Santa Luíza de Marillac (HMSLM) em Aracati-Ceará, Brasil. Observou-se que as parturientes tinham entre 14-41 anos, a maioria das primíparas não foi submetida à episiotomia, os partos sem episiotomia apresentaram laceração de 1° grau. Além disso, verificou-se a relação entre posição do parto e peso do recém-nascido com o índice de lacerações. Percebe-se que este procedimento não previne laceração, visto que os partos com episiotomia resultaram em lacerações mais graves. É preciso mais estudos para determinar os parâmetros corretos na tomada de decisão clínica sobre a episiotomia.
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Queiroz, J. H. M. de, Carvalho, M. S. de, Cerdeira, D. de Q., & Barreto, K. L. (2020). PERFIL CLÍNICO E SOCIODEMOGRÁFICO DE LACERAÇÃO PERINEAL DURANTE OS PARTOS NORMAIS EM UM HOSPITAL E MATERNIDADE DO INTERIOR DO CEARÁ. Revista Expressão Católica Saúde, 5(1), 57. https://doi.org/10.25191/recs.v5i1.3753
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