O rápido crescimento demográfico associado a elevadas taxas de urbanização nas ultimas décadas tem sido responsavel por uma expansão territorial urbana sem precedentes na história do Brasil. Com o movimento migratório de populações de baixa renda do campo para as áreas urbanas que se constituem como pólos de atração, conjuntos habitacionais têm se espalhado pela perifieria de cidades, em grande utilizando materiais construtivs inadequados tanto do ponto de vista da qualidade de vida, quanto da eficiência térmica. Neste trabalho oi estudada a cidade de Presidente Prudente com aproximadamente 200 mil habitantes localizada no oeste do Estado de São Paulo, em que foram medidas temperaturas e umidades do ar a partir de aparelhos medidores fixados nas habitações. Os tipos de cobertura das edificações (telhados) foram classificados em três grupos: cerâmica, metálica e fibrocimento. Considerando que as coberturas de fibrocimento (habitações populares) produzem entre 10º C e 12ºC de temperatura superior ao do ar circundante. As coberturas cerâmicas entre -0,1ºC e -0,3ºC (habitações das classes média e alta) e as metálicas (comércio, galpões e serviços) entre 16,0 ºC e 20º C superiores. Como resultados demonstrou-se que as temperaturas médias da cidade estudada aumenta cerca de 2,5ºC nos últimos 30 anos e a diferença entre a área urbana e rural, em cerca de 10º C. O principal problema se refere as residências populares, que além de apresentarem áreas construídas muito pequenas, são densamente ocupadas. Além da produção de calor, da baixa qualidade de vida, estas áreas são o principal foco de doenças do aparelho respiratório.
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Rodrigues de Mello, M. A., Martins, N., & Sant’anna Neto, J. L. (2017). A INFLUÊNCIA DOS MATERIAIS CONSTRUTIVOS NA PRODUÇÃO DO CLIMA URBANO. Revista Brasileira de Climatologia, 5. https://doi.org/10.5380/abclima.v5i0.50473
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