São investigadas diferenças na abundância relativa e na riqueza de espécies de aranhas em clareiras artificiais com variados níveis de regeneração em Porto Urucu, Coari, Amazonas, Brasil. Foram empregadas três metodologias de coleta complementares, que resultaram na captura de 3.786 indivíduos adultos, identificados em 623 espécies, pertencentes a 39 famílias. O presente trabalho foi o que mais acumulou espécies entre todos os artigos publicados com inventários da fauna de aranhas na região neotropical, apesar de 55% da amostragem terem sido compostos por organismos raros. O algoritmo mais acurado para a presente base de dados, ACE, estimou uma riqueza de 924 espécies. A rarefação feita para cada uma das 33 clareiras amostradas destacou um grupo com poucas espécies acumuladas (40 a 43) e um grupo com riqueza de espécies significativamente maior (98 a 100) do que as clareiras restantes, apesar das diferenças de número de exemplares e número de espécies entre clareiras não terem sido estatisticamente significativas, indicando que o número de espécies registrado é uma função direta do número de exemplares obtido em cada ponto. Isto sugere que o uso efetivo de dados sobre número de espécies e exemplares de aranhas na avaliação da regeneração de florestas tropicais depende de um esforço amostral muito maior do que o que foi até agora empregado em inventários estruturados destes animais na Amazônia brasileira.
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Dias, S. C., & Bonaldo, A. B. (2012). Abundância relativa e riqueza de espécies de aranhas (Arachnida, Araneae) em clareiras originadas da exploração de petróleo na bacia do rio Urucu (Coari, Amazonas, Brasil). Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 7(2), 123–152. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v7i2.599
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