A pesquisa privilegiou o estudo das trajetórias de famílias seringueiras, numa área da Amazônia Sul-Ocidental – Acre (Brasil) e Pando (Bolívia). Os dados obtidos, em quatro anos de pesquisa, revelam os desdobramentos da delimitação dos espaços agrários no Acre, a partir da criação dos assentamentos extrativistas. Dentre estes, o processo de diferenciação social, política e econômica. Refiro-me a diferentes posições que ocupam os trabalhadores seringueiros: os que vivem nas Reservas Extrativistas, na floresta Pandina (vivendo subterraneamente) e os que estão nas periferias das cidades. Tal processo é percebido num contexto de fortalecimento e fragmentação da comunidade seringueira, onde lideranças e técnicos envolvidos não perceberam ou aceitaram as “di-visões”, sobrepondo outra delimitação física ao território nacional, quando da demarcação das áreas de preservação.
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Esteves, B. M. G. (2012). A HIERARQUIZAÇÃO DOS ESPAÇOS AGRÁRIOS NA AMAZÔNIA SUL-OCIDENTAL: OS ASSENTADOS EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO E OS NÃO ASSENTADOS. REVISTA NERA, (7), 48–67. https://doi.org/10.47946/rnera.v0i7.1450
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