Radioterapia exclusiva no tratamento do câncer do colo do útero com telecobalto e braquiterapia de baixa taxa de dose: análise de resultados e variáveis

  • Ferrigno R
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A presente série reporta os resultados de uma análise retrospectiva de pacientes portadoras de câncer do colo do útero, tratadas com radioterapia exclusiva, através de telecobalto e braquiterapia de baixa taxa de dose. De seembro de 1989 a setembro de 1995, 190 pacientes com diagnóstico histológico de carcinoma epidermóide do colo do útero foram tratadas com radioterapia externa em um equipamento de telecobalto, tendo sido planejados quatro campos e tratados dois por dia, em forma de rodízio, seguida de uma ou duas inserções de braquiterapia de baixa taxa de dose (BBTD). A idade das pacientes variou de 24 a 77 anos ( mediana de 53 anos), e o peso de 41 a 89 kg ( mediana de 60 kg). Dessas, 12 eram estádio clínico (E.C) IB, quatro eram E.C IIA, 105 eram E.E IIB e 69 eram E.C. IIB. A dose mediana de radioterapia extena na pelve de todas as pacientes doi de 4000 cGy; as doses medianas em campos de paramétricos das pacientes E.C.I, II E III de 4000cGy, 5000cGy e 6000cGy, respectivamente. O período de seguimento variou de 8 a 127 meses ( mediana de 70 meses). Com relação às pacientes E.C I, II, e III, a sobrevida global em cinco anos foi de 83%, 78% e 46%, a sobreida livre de doença de 83%, 82% e 49% e o controle local em cinco anos de 92%, 87% e 58%, respectivamente. As complicações crônicas do reto no intestino delgado e nas vias urinárias, independentes da graduação, foram obseravadas em 29 pacientes (15,3%), em oito pacientes (4,2%) e em 13 pacientes (6,8%), rspectivamente. Fibrose subcutânea foi observada em oito pacientes (4,2%) e estenose vaginal em 61 pacientes (32,1%). A análise estatística revelou o estádio clínico como a única variável significativa para a sobrevida global (p= 0,000) para a sobrevida livre de doença (p=0,000) e para o controle local (p=0,000). Idade maior que 50 anos foi a única variável que aumentouo controle local e a sobrevida livre de doença das pacientes E.CII (P=0,004). Tempo de tratemento superior a 60 dias foi a única variável que aumentou o índice de complicações no reto em cinco anos (p=0,002). Idade até 50 anos foi a única variável que aumentou significativamente a incidência de complicações nas vias urinárias em cinco anos (p=0,011). Os resultados das pacientes da presente série foram semelhantes aos das principais séries da literatura. Esses resultados sugerem que o uso de equipamentos de telecobalato, e a estratégia de planejar quatro campos e tratar dois por dia em forma de rodízio, até dose de 500cGy na pelve, previamente à braquiterapia, representa uma técnica aceitável de radioterapia exclusiva no tratamento de pacientes com câncer do colo do útero e com peso até de 89 Kg, principalmente em países em desenvolvimento e com demanda reprimida, como o Brasil.

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Ferrigno, R. (2001). Radioterapia exclusiva no tratamento do câncer do colo do útero com telecobalto e braquiterapia de baixa taxa de dose: análise de resultados e variáveis. Radiologia Brasileira, 34(6), 368–368. https://doi.org/10.1590/s0100-39842001000600019

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