INTRODUÇÃO: O psicoterapeuta de grupo é confrontado, em cada sessão, com uma miríade de situações, das quais retira o conteúdo de interpretações que acredita ser o mais apropriado para cada indivíduo e para o grupo. Ele precisa, por exemplo, decidir sobre qual conteúdo deve focar sua interpretação. Seria melhor o foco sobre o indivíduo, sobre a interação entre indivíduos ou sobre o grupo-como-um-todo? OBJETIVO: Descrever detalhes das 33ª e 34ª sessões de psicoterapia de grupo (PG) para explicitar foco, estrutura e conteúdo da interpretação integrativa. MÉTODO: A seleção conveniente de duas sessões consecutivas de PG com oito pacientes adultos, de elevado funcionamento mental, de ambos os sexos, se deu por ocasião da admissão de dois novos membros. Foram utilizados conceitos psicodinâmicos atuais para a aplicação da técnica da interpretação integrativa nas sessões selecionadas. RESULTADOS: A expressão de hostilidade predominante na 34ª sessão revelou a ambivalência e o conflito em PG coincidindo com a admissão e a incorporação de dois novos membros. A liderança pontual do psicoterapeuta fez uso da interpretação integrativa com base nos conteúdos das sessões 33 e 34 e em sessões de conteúdos correlatos do passado do grupo. DISCUSSÃO: A interpretação integrativa contemplou quatro níveis de funcionamento grupal: 1) individual; 2) subgrupo de dois membros; 3) grupo-como-um-todo; e 4) regressão do grupo para um estágio anterior e menos elaborado de desenvolvimento. CONCLUSÃO: Em primeiro lugar, o psicoterapeuta procurou manter a expressão de hostilidade entre dois membros em nível de segurança. Depois, usando interpretação integrativa, ajudou o grupo a transcender-se a si mesmo e a compreender a experiência cognitiva e emocional em jogo na 34ª sessão, em especial a luta por dominância entre novos e antigos membros.INTRODUCTION: In group psychotherapy, group leaders are confronted with a myriad of variables in attempting to frame an interpretation that will be the most useful for the individual and the group. They must decide, for example, where to focus their interpretation: should it be on specific individuals, on the interactions between individuals, or on the group-as-a-whole? OBJECTIVE: To describe details of the 33rd and 34th sessions of a psychotherapy group to reveal structure, focus and content of integrative interpretation. METHOD: The convenient selection of two consecutive sessions of this group including 8 high mental functioning adult patients of both sexes, occurred on the occasion of the admission of two new members. The predominant content, mainly the hostility, in the 34th session, were analyzed by means of up to date psychodynamic concepts. RESULTS: The predominant hostility in the 34th session showed the ambivalence and the conflict over the entrance of two new members. The group leader employed integrative interpretation based on the contents of the 33rd and 34th sessions and on previous sessions in which correlated issues were discussed. DISCUSSION: The integrative interpretation took into account four group levels: 1) individual; 2) sub-group of two individuals; 3) group-as-a-whole; and 4) group's regression to an earlier, less developed stage. CONCLUSION: First of all, the group leader intervened vigorously to keep conflict and hostility within constructive bounds. Secondly, by means of integrative interpretation, the group leader helped the group transcend itself to understand the cognitive-emotional experience unraveling in the 34th session, mainly the struggle for dominance between new and old members.INTRODUCCIÓN: El psicoterapeuta de grupo siempre se confronta, en cada sesión, con una serie de situaciones de las cuales retira el contenido de interpretaciones que cree ser el más apropiado para el individuo y para el grupo. Él necesita, por ejemplo, decidir sobre qué contenido debe centrar su interpretación. ¿Sería mejor el enfoque sobre el individuo, sobre la interacción entre los individuos o sobre el grupo en su totalidad? OBJETIVO: Describir detalles de las sesiones 33ª e 34ª de PG para explicitar enfoque, estructura y contenido de la interpretación integrativa. MÉTODO: La selección adecuada de dos sesiones consecutivas de PG de ocho pacientes adultos, de elevado funcionamiento mental, de ambos sexos, se hizo por ocasión de la admisión de dos nuevos miembros. Para la aplicación de la técnica de la interpretación integrada en las sesiones seleccionadas, se utilizaron conceptos psicodinámicos actuales. RESULTADOS: La expresión de hostilidad, predominante en la 34ª sesión, reveló la ambivalencia y el conflicto en PG coincidiendo con la admisión e incorporación de dos nuevos miembros. El liderazgo puntual del psicoterapeuta se utilizó de la interpretación integrada con base en contenidos de las sesiones 33ª e 34ª y en sesiones de contenidos correlativos, del pasado del grupo. DISCUSIÓN: La interpretación integrada consideró cuatro niveles de funcionamiento del grupo: 1. individual; 2. subgrupo de dos miembros; 3. grupo en su totalidad y; 4. regresión del grupo para un estadio anterior y menos elaborado de desarrollo. CONCLUSIÓN: En primer lugar, el psicoterapeuta buscó mantener la expresión de hostilidad entre dos miembros en un nivel de seguridad y enseguida, usando la interpretación integrada, ayudó al grupo a trascenderse y comprender la experiencia cognoscitiva y emocional en la 34ª sesión, especialmente, la lucha por dominación entre los nuevos y los antiguos miembros.
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Contel, J. O. B., & Oliveira Júnior, J. F. (2005). Foco, estrutura e conteúdo da interpretação integrativa em psicoterapia de grupo (PG) de longa duração. Revista de Psiquiatria Do Rio Grande Do Sul, 27(1), 57–62. https://doi.org/10.1590/s0101-81082005000100007
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