Extratos vegetais possuem metabólitos secundários que podem atuar como bioherbicidas com a vantagem de promoverem menores riscos ao ambiente. Mikania laevigata pertence à família Asteraceae e possui a cumarina 1,2-benzopirona como marcador químico, capaz de inibir ou estimular a germinação e crescimento de plantas adjacentes. Diante do exposto, objetivou-se avaliar a fitotoxicidade dos extratos aquoso e etanólico de M. laevigata sobre Lactuca sativa (alface) e Bidens pilosa (picão preto). Foram testadas cinco concentrações (0,1; 1,0; 1,5; 2,0 e 3,0 mg.mL-1) dos extratos, aquoso e etanólico, em experimentos separados, e água destilada como controle. Para isso, foram avaliados a porcentagem de germinação, o índice de velocidade de germinação, o crescimento inicial e os teores de peróxido de hidrogênio (H2O2) e do malonaldeido (MDA). Na presença do extrato etanólico, as espécies (alface e picão preto) reduziram 85 e 90% da germinação, respectivamente. O comprimento da radícula, na menor concentração dos extratos, não foi afetado. Entretanto, na concentração de 2,0 mg.mL-1, as reduções foram de 85%, para alface, e 65%, para picão preto. O aumento do teor de H2O2 foi dose dependente, ou seja, conforme o aumento da concentração dos extratos maior a produção de peróxido, seguido do aumento do MDA para alface e picão preto. As plântulas cultivadas na concentração de 3 mg.mL-1 do extrato etanólico sofreram necrose, impossibilitando as análises subsequentes. Os extratos da M. laeviagata nas concentrações 2,0 e 3,0 mg.mL-1 demonstraram fitointoxicação com aumento do estresse oxidativo nas espécies alface e picão preto.
CITATION STYLE
Santos, L. M. de L., & Gonçalves, A. H. (2020). In vitro phytotoxicity of Mikania laevigata Schultz Bip. ex Baker extracts on Lactuca sativa L. and Bidens pilosa L. Biotemas, 33(2), 1–10. https://doi.org/10.5007/2175-7925.2020.e68109
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.