Trata-se de um estudo descritivo prospectivo com objetivo de identificar a ocorrência de infecção no sítio cirúrgico em pacientes submetidas à mastectomia e quadrantectomia, previamente orientadas sobre os cuidados a serem realizados no domicílio. A pesquisa foi realizada no Ambulatório de Mastologia do HSP/UNIFESP, nos meses de fevereiro a julho de 2002, após aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFESP e do Consentimento Livre e Esclarecido das 36 pacientes que participaram do estudo. A média de idade das mulheres estudadas foi de 59,1 anos, a maioria (69,4%) referiu apenas o ensino fundamental e ocupava-se predominantemente de prendas domésticas (75,0%). O seguimento ambulatorial destas pacientes permitiu identificar que 77,8% evoluíram sem infecção no sítio cirúrgico, e 22,2% apresentaram este problema. Destas, quatro eram obesas e três tinham diabetes mellitus. Embora reconhecendo que são múltiplos os fatores que influenciam a ocorrência de infecção no sítio cirúrgico, os dados deste estudo apontaram um índice de infecção considerado elevado. Para a equipe de enfermagem, o uso de um instrumento elaborado especificamente para avaliação da ferida cirúrgica nos retornos ambulatoriais, representa importante ferramenta para sistematizar a vigilância pós-alta precoce das pacientes submetidas à cirurgia oncológica de mama.
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Gutiérez, M. G. R. de, Gabrielloni, M. C., Gebrim, L. H., Barbi, T., & Areias, V. de L. (2004). Infecção no sítio cirúrgico: vigilância pós-alta precoce de pacientes submetidas à cirurgia oncológica de mama. Revista Brasileira de Cancerologia, 50(1), 17–25. https://doi.org/10.32635/2176-9745.rbc.2004v50n1.2052
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