Para ensinar a ensinar é preciso aprender a ensinar e também ao ensinar aprende-se. Todo este processo terá que ter como suporte a supervisão. A supervisão pedagógica, ao contrário do que se possa pensar, não está somente relacionada com a formação inicial dos futuros professores, mas também com a formação contínua, necessária para a evolução permanente de um profissional aprendente, que é o professor. A formação deve ser feita num ambiente de ação-reflexão, envolvendo meios como a observação, o planeamento de atividades, a comunicação e a avaliação. Em todo o processo supervisivo, promove-se a aprendizagem e o desenvolvimento humano e profissional. O objeto essencial da supervisão é a qualidade da formação e do ensino que se pratica ou praticará, não somente em contexto de sala de aula, mas abrangendo também a escola, como um desenvolvimento da qualidade organizacional e profissional dos que nela trabalham, através de uma aprendizagem que pode ser individual, mas num contexto coletivo. Através de uma estrutura ou base, utilizando um determinado modelo, cenário, estilo ou abordagem, implementa-se a supervisão e esta deverá ser vista num contexto mais abrangente –a supervisão da escola e a supervisão da formação contínua. A supervisão deverá constituir práticas críticas e autocríticas, existindo um compromisso ideológico de uma visão de educação e desenvolvimento profissional, como processos de transformação e emancipação, ao nível institucional, cultural e social. Para se ser supervisor ter-se-á que ter uma visão do que é o ensino, orientando os formandos para a construção de uma sociedade democrática.
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Pereira, C. S., & Ribeiro, C. (2013). Supervisão pedagógica – um alicerce para a construção do saber. Gestão e Desenvolvimento, (21), 147–172. https://doi.org/10.7559/gestaoedesenvolvimento.2013.245
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