Há duzentos anos, aos 10 de maio de 1789, no fim da tarde, um destaca-mento de soldados do regimento europeu de Estramoz cercou a casa no Rio de Janeiro onde se ocultava o alferes Joaquim José da Silva Xavier. Com um mos-quete carregado nas mãos, Tiradentes foi preso. Vou falar hoje, neste bicentenário, da conjuração mineira, menos sobre as conseqüências desta prisão do que sobre as causas da chamada Inconfidência Mineira, designação de que francamente não gosto, e que não uso; a palavra inconfidência vem dos donos do poder e não da oposição. Vem da contra-re-volução e não da revolução; e, enfim, o objeto das nossas comemorações é uma revolução frustrada, não uma repressão bem-sucedida. É bom que estejamos bem claros sobre isto. Vou fazer a minha apresentação hoje em três seções. A primeira vai tratar da conjuntura imperial, ou seja, o contexto luso-brasileiro e colonial da conju-ração. A segunda seção tratará do contexto regional, ou seja, a situação mineira.
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Maxwell, K. (1989). Conjuração mineira: novos aspectos. Estudos Avançados, 3(6), 04–24. https://doi.org/10.1590/s0103-40141989000200002
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