Introdução: A hiperglicemia no infarto agudo do miocárdio (IAM) está relacionada a maiores taxas de mortalidade e complicações intra-hospitalares. Ocorre em pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus (DM) e em pacientes com hiperglicemia de estresse (HE), que é a elevação transitória da glicemia em situações agudas em indivíduos não diabéticos. Objetivo: Determinar a prevalência de DM e HE no IAM e suas características em um serviço de emergência no sul de Santa Catariana. Metodologia: Estudo de delineamento transversal. Dados coletados de prontuários eletrônicos de pacientes admitidos pelo Sistema Único de Saúde por primeiro episódio de IAM no Hospital Nossa Senhora da Conceição, de 2018 a 2020. Foram excluídos prontuários que não apresentavam registro de glicemia na admissão hospitalar. Resultados: Foram analisados 132 prontuários. As comorbidades mais frequentes foram: HAS (62,9%), tabagismo (36,4%) e DM (30,3%). A prevalência da hiperglicemia hospitalar foi de 40,1% e a da HE 19,7%. A mortalidade de pacientes com hiperglicemia hospitalar foi de 20,8% e com HE de 23,1%. As associações óbito versus hiperglicemia hospitalar e HE foram significantes (p= 0,003 e p=0,032, respectivamente). A prevalência de complicações foi estaticamente maior entre indivíduos com DM, HE e hiperglicemia. Conclusão: A hiperglicemia atinge grande parte dos indivíduos com IAM tanto em pacientes diabéticos, como em pacientes não diabéticos. Ela se apresenta como importante preditor de morbimortalidade em pacientes.
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Cosmo Marques, M., & Caetano Gonçalves e Silva, H. (2022). Prevalência do diabetes e da hiperglicemia de estresse no infarto agudo do miocárdio: análise em um serviço de emergência. JBMEDE - Jornal Brasileiro de Medicina de Emergência, 2(1), e22003. https://doi.org/10.54143/jbmede.v2i1.31
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