A Constituição equatoriana, orientada por parâmetros do direito internacional, estabeleceu o Estado multicultural e dedicou um de seus capítulos aos direitos coletivos dos povos indígenas e afro-equatorianos. Sua promulgação, em 1998, abriu novas possibilidades para a reivindicação desses direitos nos tribunais e seu desenvolvimento nas leis do país. Na Amazônia equatoriana existem dois casos em que os povos indígenas usaram alguns novos mecanismos legais para defender seus direitos coletivos diante da indústria petrolífera. Essa ação tornou evidente a agressividade com que as petrolíferas, aliadas ao governo e ao Banco Mundial, impõem seus "programas de relações públicas" nos territórios indígenas, transferindo recentemente à esfera judicial a mesma prática de dividir e conquistar, historicamente utilizada pela indústria petrolífera. (Original em espanhol.)The Ecuadorian Constitution, oriented by guidelines of International Law, has established a multi-cultural State, and devotes one of its chapters to the collective rights of the indigenous and Afro-Ecuadorian peoples. Since approval in 1998, new possibilities have arisen regarding claims of such rights before courts, as well as their development in domestic laws.In Ecuador's Amazonian regions, there are two cases in which indigenous peoples have made use of the new legal mechanisms to defend their collective rights against the oil industry. Both cases demonstrate the aggressiveness with which oil companies -allied with the government and the World Bank - impose their "public relations programs" in indigenous territories, applying the same divide-and-conquer dynamics historically used by the oil industry in the legal arena. (Original in Spanish.)La Constitución ecuatoriana, orientada por parámetros del derecho internacional, estableció el Estado multicultural y dedicó uno de sus capítulos a los derechos colectivos de los pueblos indígenas y afroecuatorianos. Su vigencia, en 1998, ha abierto nuevas posibilidades para la reivindicación de estos derechos en las cortes y su desarrollo en las leyes domésticas. En la Amazonía ecuatoriana existen dos casos en los cuales los pueblos indígenas accionaron algunos de los nuevos mecanismos legales para defender sus derechos colectivos frente a la industria petrolera. Eso ha evidenciado la agresividad con la que las petroleras, aliadas al gobierno y al Banco Mundial, imponen sus "programas de relaciones públicas" en los territorios indígenas, transfiriendo últimamente hacia la arena legal las mismas dinámicas de dividir y conquistar históricamente utilizadas por la industria petrolera.
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Figueroa, I. (2006). Povos indígenas versus petrolíferas: controle constitucional na resistência. Sur. Revista Internacional de Direitos Humanos, 3(4), 48–79. https://doi.org/10.1590/s1806-64452006000100004
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