O objetivo deste artigo é trazer à cena um outro pólo de um esquema comparativo que tradicionalmente toma como referência os Estados Unidos e que aparece em muito menor destaque nas análises clássicas sobre as relações "raciais": a África do Sul. O foco desta comparação serão os relacionamentos afetivo-sexuais "inter-raciais" em ambos os países. Tais relacionamentos, sejam eles formais ou não, são tidos como uma espécie de sismógrafo do grau e extensão do preconceito e da discriminação "raciais" e fornecem um rico campo exploratório para o inter-cruzamento e análise sobre alguns arranjos possíveis entre "raça", sexualidade e gênero.The aim of this article is to shed light on another pole of a comparative system that usually takes the United States as reference, South Africa, which has had much less attention in Brazilian classical analyses on "racial" relations. The focus of this comparison are "inter-racial" affective-sexual relationships in both countries. Such relationships, formal or informal ones, are seen as a kind of seismograph for the degree and extension of "racial" prejudice and discrimination, and provide a rich exploratory field for the analyses on some possible combinations between "race", sexuality and gender.
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Moutinho, L. (2004). “Raça”, sexualidade e gênero na construção da identidade nacional: uma comparação entre Brasil e África do Sul. Cadernos Pagu, (23), 55–88. https://doi.org/10.1590/s0104-83332004000200003
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