Este trabalho aborda o contexto psicossocial da família diante do desligamento temporário com seu familiar internado na unidade de emergência de um Pronto-Socorro de uma cidade do sul do Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo de grupo, qualitativo, descritivo e analítico, desenvolvido com três famílias. Realizamos uma observação participante, auxiliada por uma entrevista semi-estruturada e gravada. Ordenamos e categorizamos as verbalizações em duas temáticas: a família e suas expressões diante da internação do familiar-paciente na emergência e o profissional de saúde e a situação de emergência - naturalizando o sofrimento. A análise foi orientada pelos conceitos de organização circular e recursividade da terapia sistêmica de famílias. Verificamos que a internação na emergência desestabiliza a família, desencadeando sofrimento psíquico, e que a enfermagem, diante do risco de vida, supervaloriza a técnica em detrimento do trabalho com o paciente e sua família, estratégia para evitar seu próprio sofrimento psíquico. Concluímos que ainda é incipiente o cuidado humanizado na emergência e que a enfermagem deve compreender as relações sociais dos pacientes, inserindo-as no projeto terapêutico da unidade. (AU)
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BARBOSA DE PINHO, L., & PRADO KANTORSKI, L. (2004). REFLETINDO SOBRE O CONTEXTO PSICOSSOCIAL DE FAMÍLIAS DE PACIENTES INTERNADOS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA. Ciencia y Enfermería, 10(1). https://doi.org/10.4067/s0717-95532004000100008
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