O posicionamento em tempo real por meio do emprego dos sinais de satélites foi um avanço nas navegações aérea, marítima e terrestre com o surgimento do GPS (Global Positioning System). Contudo as precisões horizontais e verticais de 100 m e 150 m (nível de probabilidade de 95%) alcançadas, estando a SA (Selective Availability) ativada, passaram a não ser satisfatórias para muitas aplicações e os usuários buscaram galgar outros níveis de precisões. Esforços foram investidos no chamado posicionamento diferencial DGPS (Differential GPS), o qual possibilitou obter precisões em torno de dez vezes melhores do que as do posicionamento absoluto. Posteriormente, usando-se a fase da onda portadora, conseguiu-se realizar posicionamento com maior acurácia por meio do método RTK (Real Time Kinematic), atingindo qualidade centimétrica. Na sequência, houve uma evolução para posicionamentos em rede, empregando, por exemplo, o algoritmo de VRS (Virtual Reference Station). Vários erros nas observáveis dos satélites passaram a ser modelados com uma solução de multiestações em tempo real. A partir de 2012, surgiram serviços e produtos que favoreceram o desenvolvimento do RT-PPP (Real-Time Precise Point Positioning) baseado no conceito SSR (State Space Representation). A busca da solução das ambiguidades no RT-PPP deu origem ao PPP-RTK com menor tempo de fixação das ambiguidades e convergência para a solução acurada do posicionamento. Neste artigo apresenta-se como foi a evolução do posicionamento em tempo real, algumas das aplicações no âmbito nacional e as perspectivas desta modalidade de posicionamento para o futuro.
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Krueger, C. P., Oliveira Junior, P. S. de, Garnés, S. J. dos A., Alves, D. B. M., & Euriques, J. F. (2020). Posicionamento GNSS em Tempo Real: Evolução, Aplicações Práticas e Perspectivas para o Futuro. Revista Brasileira de Cartografia, 72, 1359–1379. https://doi.org/10.14393/rbcv72nespecial50anos-56620
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