OBJETIVO: Identificar a prevalência e os fatores associados à autopercepção negativa de saúde em adolescentes catarinenses. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de delineamento transversal com adolescentes do ensino médio das escolas públicas do Estado de Santa Catarina (n=5.028). A autopercepção negativa de saúde foi analisada em função das variáveis: sexo, renda familiar, prática de atividade física, tabagismo, etilismo, drogas ilícitas e autopercepção de estresse. Aplicou-se a regressão logística binária para medidas de associação. RESULTADOS: A prevalência de autopercepção negativa de saúde foi maior nas moças (17,6%) em relação aos rapazes (9,6%; p<0,0001). Valores superiores de Odds Ratio (OR) foram observados para as moças (OR 1,99; IC95% 1,66-2,38), adolescentes pertencentes às famílias de menor renda (OR 1,54; IC95% 1,08-2,20), fumantes (OR 2,00; IC95% 1,35-2,94) e que referiram autopercepção negativa de estresse (OR 3,36; IC95% 2,74-4,12). CONCLUSÕES: Os adolescentes do sexo feminino, os de menor renda familiar, além dos fumantes e os que perceberam negativamente o estresse apresentaram níveis de autopercepção negativa de saúde superiores aos dos seus pares.OBJECTIVE: To identify the prevalence and factors associated with negative self-rated health among adolescents in the State of Santa Catarina, Brazil. METHODS: A cross-sectional investigation was conducted with a representative sample of 5,028 adolescents who were attending public highschools. The negative self-rated health was analyzed in relation to the following variables: gender, income, physical activity practice, smoking, alcohol consumption, drug use and self-rated stress. The binary logistic regression was carried out to test associations. RESULTS: The prevalence of negative self-rated health was higher among girls (17.6%) in comparison to boys (9.6%; p<0.0001). Higher values of Odds Ratio (OR) were associated with female gender (OR 1.99; 95%CI 1.66-2.38), lower socioeconomic status (OR 1.54; 95%CI 1.08-2.20), smoking (OR 2.00; 95%CI 1.35-2.94), and negative self-rated stress (OR 3.36; 95%CI 2.74-4.12). CONCLUSIONS: Female adolescents, those with lower socioeconomic status, smokers and those who negatively perceived stress presented higher levels of negative self-rated health.
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Sousa, T. F. de, Silva, K. S. da, Garcia, L. M. T., Del Duca, G. F., Oliveira, E. S. A. de, & Nahas, M. V. (2010). Autoavaliação de saúde e fatores associados em adolescentes do Estado de Santa Catarina, Brasil. Revista Paulista de Pediatria, 28(4), 333–339. https://doi.org/10.1590/s0103-05822010000400008