Resumo Objetivo: analisar características, incidência e fatores associados aos eventos adversos graves (EAGs) pós-vacinação contra febre amarela durante surto da doença no Brasil (2016-2017). Métodos: estudo de caso-controle, com dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI); foram considerados casos os EAGs, e controles os eventos adversos não graves (EANGs). Resultados: foram analisados 135 casos de EAG e 1.058 controles; dos 135 EAGs, 79 (58,5%) eram homens, e a mediana de idade dos casos, 28 anos (intervalo interquartílico: 9-49); a incidência de EAG em janeiro de 2017 chegou a 1,3 caso por 100 mil doses aplicadas; houve associação estatística com o sexo masculino (odds ratio [OR]=1,73; IC95% 1,20;2,48), ser primovacinado (OR=1,65; IC95% 1,01;2,71), e ter idade ≥60 anos, tomando-se por referência os menores de 5 anos (OR=4,4; p-valor <0,02). Conclusão: EAG pela vacina da febre amarela apresentou maior chance de ocorrer em homens, idosos e primovacinados.
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Lucena, A. R. F. P., Souza, L. R. de O., Percio, J., Carvalho, S. M. D., Romano, A. P. M., & Domingues, C. M. A. S. (2020). Fatores associados à gravidade dos eventos adversos pós-vacinação contra a febre amarela durante o maior surto da doença registrado no Brasil, 2016-2017. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 29(1). https://doi.org/10.5123/s1679-49742020000100017
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