O presente trabalho teve como objetivo avaliar o impacto do desequilíbrio do eixo microbiota-intestino-cérebro e suas repercussões clínicas quanto ao desenvolvimento ou agravo do transtorno do espectro autista (TEA). Para esse propósito, foi realizada uma revisão integrativa, nas bases de dados Pubmed e Medline, adstrita aos dados publicados entre 2011 a 2021. Foram incluídos estudos clínicos randomizados que avaliaram a influência da microbiota intestinal e/ou o impacto da intervenção com moduladores da microbiota intestinal sobre o TEA. Os resultados evidenciaram que a relação da disbiose com alterações neurológicas e as intervenções com terapias combinadas, realizadas através de dieta restritiva com glúten/caseína e adição de prebiótico ou probiótico associado a ocitocina, foram mais efetivas na melhora dos aspectos sociocomportamentais e funcionamento clínico global nos pacientes portadores do TEA. Estes achados podem estar correlacionados à sinergia dos compostos terapêuticos, os quais mostraram impacto relevante para amenizar a sintomatologia e melhorar o perfil psicopatológico dos pacientes com TEA e ao restabelecimento da homeostase do microbioma intestinal e seu reflexo sobre o eixo intestino-cérebro.
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Martins, H., MOLINA, B., & Santiago, A. C. (2022). Microbiota intestinal e sua relação com o autismo: uma revisão integrativa. Concilium, 22(6), 699–710. https://doi.org/10.53660/clm-623-686
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