O objetivo do presente estudo foi investigar a estratégia de corrida, o esforço percebido e a freqüência cardíaca durante a simulação de uma competição de corrida. Nove corredores recreacionais percorreram a distância de 10km em uma pista de atletismo descoberta, com a temperatura ambiente variando entre 28 e 30ºC. Antes do início da prova foi solicitado aos corredores que percorressem a distância de 10km "na maior velocidade possível". A velocidade de corrida, o esforço percebido e a freqüência cardíaca foram mensurados nas parciais de 400m. A velocidade de corrida diminuiu na 19ª e na 20ª parciais (p < 0,05). A freqüência cardíaca aumentou significativamente na sétima e na 10ª voltas (p < 0,05) e posteriormente estabilizou-se, ao passo que o esforço percebido aumentou estatisticamente até a 13ª volta (p < 0,05). Esses dados sugerem que a estratégia de corrida, o esforço percebido e a freqüência cardíaca possuem ajustes temporais distintos durante as provas de corridas. Possivelmente, a estratégia de corrida é estabelecida antes da simulação da competição e possui um aspecto poupador para um possível sprint. Esse efeito poupador da estratégia de corrida parece ser determinado principalmente até a metade da prova pela modulação do esforço percebido, que é resultante de um processo de retroalimentação metabólico, contextual e cognitivo.El objetivo del presente estudio ha sido el de investigar la estrategia de carreras, el esfuerzo percibido y la frecuencia cardiaca durante la simulación de una prueba de velocidad. Nueve corredores de recreación recorrieron una distancia de 10km en una pista de atletismo descubierta, con temperatura ambiente variando entre 28-30 ºC. Antes del inicio de la prueba fue solicitado a los participantes que recorriesen la distancia de 10km "a la mayor velocidad posible". La velocidad de corrida, el esfuerzo percibido y la frecuencia cardiaca fueron mensurados en los trechos de 400m. La velocidad de corrida disminuyó en el décimo nona y en el vigésimo trecho (p < 0,05). La frecuencia cardiaca aumentó significativamente en la séptima y en la décima vuelta (p < 0,05), posteriormente se estabilizó, al paso que el esfuerzo percibido aumentó estadísticamente hasta la décima tercera vuelta (p < 0,05). Esos datos sugieren que la estrategia de corrida, el esfuerzo percibido y la frecuencia cardiaca poseen ajustes temporales distintos durante las pruebas de carreras. Posiblemente la estrategia de corrida esté establecida antes de la simulación de la competición y posea un aspecto ahorrador para un posible sprint. Ese efecto ahorrador de la estrategia de corrida parece estar determinado, principalmente hasta la mitad de la prueba, por la modulación del esfuerzo percibido, que es resultante de un proceso de retroalimentación metabólico, contextual y cognitivo.The objective of this study was to investigate pacing strategy, perceived exertion and heart rate during a competitive run simulation. Eight recreational runners ran a 10 km distance in an outdoor 400 m track with 28-30ºC temperature. Before the run they were asked to run the 10 km as faster as possible. The run velocity, the perceived exertion and the heart rate were measured each 400 m. The speed of run decreased on 19th and 20th laps (p < 0.05). The heart rate increased significantly on 7th and 10th laps (p < 0.05) and achieved steady state afterwards, while the perceived exertion increased statistically until the 13th lap (p < 0.05). These data suggest that pacing strategy, perceived exertion and heart rate have different temporal adjustments during a competitive run. Possibly the run strategy is established before the competition simulation and has an economic aspect to the last lap. This economic effect of run strategy is determined until the half of the distance is completed by rate of perceived exertion modulation, which is a result of metabolic, context and cognitive feedbacks.
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Bertuzzi, R. C. de M., Nakamura, F. Y., Rossi, L. C., Kiss, M. A. P. D., & Franchini, E. (2006). Independência temporal das respostas do esforço percebido e da freqüência cardíaca em relação à velocidade de corrida na simulação de uma prova de 10km. Revista Brasileira de Medicina Do Esporte, 12(4), 179–183. https://doi.org/10.1590/s1517-86922006000400003
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