Transferências de plantas em uma perspectiva histórica: o estado da discussão*

  • Beinart W
  • Midleton K
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Abstract

Este artigo explora algumas rotas dentro da história da transferência de plantas, especialmente durante o período do imperialismo europeu. Tenta extrair conhecimento de diferentes campos de pesquisa, que geralmente não estão justapostos, tecendo em conjunto perspectivas advindas de disciplinas contrastantes. Não pretende oferecer uma história completa, pois tal seria uma tarefa muito mais complexa. Tentamos incluir deliberadamente plantas cultivadas para a agricultura, plantas de jardim, ervas daninhas e plantas invasoras na mesma estrutura de análise, pois é difícil definir algumas espécies apenas dentro de uma dessas categorias culturalmente construídas. O artigo desenvolve três pontos principais. Primeiramente, ele levanta questões sobre o padrão assimétrico de transferência de plantas durante o período imperialista, consequentemente desafiando algumas das proposições presentes no livro Ecological imperialism, de Alfred Crosby. Em segundo lugar, avaliamos a literatura recente com relação à história da botânica e das instituições botânicas e sugerimos que uma área mais ampla de atuação humana necessita ser considerada, assim como as transferências acidentais, se quisermos mapear e compreender os movimentos globais das espécies de plantas. Em terceiro lugar, argumentamos que, na busca de generalizações sobre os padrões de transferência, os cientistas têm se concentrado em demasia nas propriedades das plantas e os historiadores, no entendimento das instituições políticas e econômicas. A construção de uma história global, assim como de histórias de plantas específicas, requer uma combinação de percepções e pesquisas advindas das ciências exatas, sociais e humanas.This paper explores some routes into the history of plant transfers, especially during the period of European imperialism. It attempts to draw on different bodies of research, which are not usually juxtaposed, and weave together perspectives from contrasting disciplines. It does not pretend to offer a history, which is a much more complex task. We have deliberately tried to include cultivated crops, garden plants, weeds and plant invaders within the same frame of analysis, because it is so difficult to define some species within any one of these culturally constructed categories. The paper develops three main points. Firstly, it raises questions about the asymmetrical pattern of plant transfers during imperialism, thus challenging some of the propositions offered in Crosby's Ecological Imperialism. Secondly, we evaluate recent literature on the history of botany and botanical institutions and suggest that a broader range of human agency needs to be considered, as well as accidental transfers, if the global trajectories of plant species are to be mapped and comprehended. And thirdly, we argue that in pursuit of generalizations about patterns of transfer, scientists have concentrated too much on plant properties, and historians on understanding political economy or institutions. A global history, as well as particular plant histories, requires a combination of insights and research from sciences, social sciences and humanities.

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Beinart, W., & Midleton, K. (2009). Transferências de plantas em uma perspectiva histórica: o estado da discussão*. Topoi (Rio de Janeiro), 10(19), 160–180. https://doi.org/10.1590/2237-101x010019010

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