Objetivos: conhecer as características clínicas e bacteriológicas da mastite, classificação e tratamento. Métodos: as pacientes foram inquiridas sobre dados pessoais, pré-natal, atendimento no parto, no puerpério e quadro clínico. A mastite foi classificada pelos critérios de Vinha. Nos casos que evoluíram para abscesso, foi realizada análise bacteriológica, utilizando-se o meio de cultura caldo de enriquecimento Tryptone Soya Broth. Resultados: das 70 lactantes, 57 por cento eram primíparas, 57 por cento com idade entre 20 e 29 anos e 51 por cento com 1º grau incompleto. A renda era menor que um salário mínimo em 63 por cento dos casos. Exerciam atividade domiciliar sem apoio em 66 por cento dos casos. Em 50 por cento, as mamas não foram examinadas. No pré-natal não tiveram orientação sobre aleitamento e ordenha em respectivamente 50 por cento e 58 por cento dos casos. Em 63 por cento o parto não foi em hospitais Amigos da Criança. Ocorreu ingurgitamento em 46 por cento e fissura mamilar em 47 por cento dos casos. Na classificação citada: 44 por cento eram do tipo lobar, 39 por cento ampolar e 17 por cento glandular. No material de cultura houve crescimento de Staphylococcus aureus em 55 por cento. Conclusões: fatores como baixa escolaridade, baixa renda, atividade familiar sem apoio, primiparidade e falta de orientação são fatores de risco para o aparecimento da mastite. (AU)
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Sales, A. do N., Vieira, G. O., Moura, M. do S. de Q., Almeida, S. P. T. de M. A., & Vieira, T. de O. (2000). Mastite Puerperal: Estudo de Fatores Predisponentes. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 22(10), 627–632. https://doi.org/10.1590/s0100-72032000001000005
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