O Brasil é um dos países com maior número de católicos do mundo. Em contrapartida, observa-se o surgimento e crescimento de novas religiões. A população busca os serviços oferecidos pelas entidades religiosas e se dispõe a contribuir financeiramente para a manutenção de seus templos. O Brasil é um Estado que concede a liberdade de crença, assegura o livre exercício dos cultos religiosos e garante proteção aos locais de culto e a suas liturgias. Entretanto, por ser um estado laico, não pode apoiar nenhuma religião especificamente, sendo vedada, constitucionalmente, a manutenção de relações de dependência ou de alianças. O custeio da promoção das entidades religiosas cabe aos seus seguidores. Os recentes escândalos de corrupção ligados a entidades religiosas de vários credos, referentes a recursos não declarados e desvio de recursos doados por fiéis, motivaram a realização deste trabalho junto a pequenas comunidades católicas para verificar a existência de procedimentos de controles internos que assegurem a salvaguarda dos ativos confiados a essas entidades e verificar se eles oferecem aos fiéis transparência quanto à aplicação dos recursos recebidos em doação. O trabalho foi desenvolvido nas comunidades vinculadas a uma paróquia do município de Florianópolis, mediante a aplicação de questionário para levantamento de dados. Os resultados alcançados foram a identificação do perfil das equipes responsáveis pelo gerenciamento dos recursos financeiros, a identificação dos procedimentos contábeis e de controle interno adotados e a identificação de fragilidades, concluindo que, apesar da existência de falhas, as comunidades adotam procedimentos de controle interno adequados.
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Soares, L. L., Vicente, E. F. R., & Lunkes, R. J. (2011). Controles Internos em Pequenas Comunidades Católicas de Florianópolis. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 5(3). https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v5i3.13217
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