Este artigo apresenta reflexões sobre as políticas brasileiras de avaliação externa com o objetivo de questionar a pertinência da ênfase que tem sido dada às competências. Para isso analisaremos os objetivos, os fundamentos e as matrizes de referência da Prova Brasil e o Projeto SENNA, relacionando-os às novas exigências do capital e aos direcionamentos das organizações internacionais a partir dos anos de 1990. Conforme a análise, incialmente, as avaliações externas tinham uma perspectiva conteudista e, posteriormente, passaram a orientar-se pelo modelo de competências, influenciando na forma como os professores avaliam e a maneira como operacionalizam os conhecimentos, ou seja, suas concepções pedagógicas. Os resultados apontam que a lógica das competências corresponde a uma tendência nos direcionamentos políticos e pedagógicos de negação dos conhecimentos científicos e culturais, e do papel da escola como responsável pela distribuição, o mais igualmente possível, dos conhecimentos sistematizados. Palavras-chave: Políticas educacionais. Avaliações externas. Competências.
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Carvalho, E. J. G., & Santos, J. E. R. (2016). Políticas de avaliações externas: ênfase nas competências cognitivas e socioemocionais. Praxis Educativa, 11(3), 775–794. https://doi.org/10.5212/praxeduc.v.11i3.0014
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