As cidades de Araguaína/TO, Imperatriz/MA e Marabá/PA fazem parte da chamada Amazônia Legal, caracterizam-se como cidades médias e são classificadas como capitais regionais C pelo IBGE. Cada uma delas é referência em suas respectivas regiões geográficas intermediárias e limítrofes entre si. O objetivo do trabalho é demonstrar que as três localidades, apesar de apresentarem crescimento econômico e demográfico forte, padecem de problemas sociais e estruturais que diminuem a qualidade de vida de sua população. Para tanto, utilizou-se de dados secundários das fontes IBGE – Cidades, Atlas do Desenvolvimento Humano, Instituto Trata Brasil, IPEADATA e Comex Stat referentes a crescimento demográfico, exportações, IDH, PIB, homicídios, Cadastro Único, Programa Bolsa Família, acesso à água, à coleta e ao tratamento de esgoto. Como resultado percebemos que há crescimento demográfico, econômico e de exportações, bem como renda per capita acima da média nacional, qualificando as cidades médias estudadas como efeitos promissores das políticas de desenvolvimento para a Amazônia; contudo os dados de saneamento básico, homicídios e população no cadastro único demonstram que os aspectos econômicos não se reverteram em bem-estar-social. Concluiu-se que os dados induzem à compreensão de que mesmo com todo crescimento econômico, as liberdades instrumentais e substantivas ainda permanecem relegadas e que uma das possibilidades de superação está num olhar mais integrado das três cidades em termos geográficos e administrativos.
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Pacífico Filho, M., Borges, T. P., Teles, M. P. L., & Cançado, A. C. (2020). Cidades Médias na Amazônia Legal: Araguaína/TO, Imperatriz/MA e Marabá/PA – indutoras de desenvolvimento e desigualdades. Redes, 25(4), 1477–1503. https://doi.org/10.17058/redes.v25i0.15139
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