Introdução: devido à pandemia da COVID-19, as aulas presenciais foram suspensas. Por isso, decidiu-se continuá-las remotamente. Porém, os docentes universitários sentem dificuldades em se adaptar a tais rápidas mudanças. Consequentemente, a saúde mental desses profissionais tem sido prejudicada. Objetivo: discutir os fatores etiológicos, bem como os sintomas e desordens inerentes à saúde mental de docentes universitários, submetidos a condições de trabalho insalubres, no âmbito da COVID-19. Método: foi feita uma revisão bibliográfica narrativa com artigos científicos publicados entre 2017 e 2020. Utilizaram-se as bases de dados SciELO, PubMed e BVS; os descritores foram “Saúde mental”, “Universidade”, “Professores”, “Docentes”, “Condições de Trabalho” e “COVID-19”, com operador booleano “e”. Resultados: as condições de trabalho dos docentes são precarizadas e sofrem precarização. Além disso, alerta-se para o fato de que as causas desta última envolvem a COVID-19 e políticas de austeridade. Soma-se ainda que há relações entre classe e sexo, quando se trata de sofrimento mental em professoras universitárias. Conclusão: tanto a pandemia como a falta de políticas públicas de saúde e sociais são responsáveis pelo sofrimento docente. Assim, destaca-se que, em curto e em médio prazo, devem-se alterar as formas de enfrentamento (e.g., evitar se auto culpabilizar, permitir-se estar num caos mundial, procurar estratégias para aumentar a resiliência e buscar ajuda profissional em situações de desordens psicológicas).
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Monteiro, B. M. M., & Souza, J. C. (2020). Saúde mental e condições de trabalho docente universitário na pandemia da COVID-19. Research, Society and Development, 9(9), e468997660. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7660
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