Galhas são estruturas cujo desenvolvimento envolve hipertrofia celular e hiperplasia no órgão vegetal onde são induzidas. Esta indução se dá, principalmente, por insetos que, têm como resultado dessa interação, abrigo e fonte de recursos alimentares que lhes garantem completar em parte ou em sua totalidade o seu ciclo de vida. Como se trata de uma interação espécie-específica, os morfotipos de galhas representam a diversidade de organismos galhadores. O presente estudo objetivou compilar o conhecimento produzido sobre esse tema na área de abrangência do ecossistema Babitonga. São registradas 86 morfoespécies de galhas associadas à flora das formações de restinga da baía. A alta riqueza específica de organismos galhadores parece estar relacionada à maior riqueza de plantas nas comunidades de restinga. O conhecimento sobre este grupo ainda é escasso devido à dificuldade de obtenção de espécimes e estima-se que apenas 50% dos organismos galhadores tenha sido descrito. Os resultados sugerem a necessidade de se ampliar os investimentos para subsidiar pesquisas sobre a biologia de galhadores que fazem do ecossistema Babitonga uma importante área para a conservação da biodiversidade.
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Melo Júnior, J. C. F., Isaias, R. M. S., Boeger, M. R. T., Arriola, I. A., & Silva, M. M. (2018). Diversidade de galhadores nas restingas do ecossistema Babitonga, Santa Catarina, Brasil. Revista CEPSUL - Biodiversidade e Conservação Marinha, 7, eb2018003. https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol7.668eb2018003