Embora sintomas de depressão e indicadores de bem-estar sejam tidos como teoricamente ortogonais, evidências sugerem, em contraste, uma correlação negativa entre eles. O presente estudo buscou testar diferentes modelos confirmatórios para explicar a relação entre sintomas depressivos e bem-estar subjetivo em crianças e adolescentes. Participaram 331 estudantes (M = 12,42 anos; DP = 1), que responderam ao Inventário de Depressão Infantil (CDI), à Escala Baptista de Depressão – versão infantojuvenil (EBADEP-IJ) e à Escala de Bem-Estar Subjetivo (EBES). O melhor ajuste ocorreu para um modelo bifator, em que indicadores relacionados à depressão carregaram positivamente em um fator geral, enquanto indicadores de bem-estar subjetivo carregaram negativamente, além de se conectarem positivamente a um fator específico de aspectos positivos. Os achados integram as perspectivas aparentemente excludentes de que a depressão e o bem-estar subjetivo são ou polos opostos de um contínuo, ou entidades independentes.
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Baptista, M. N., Filho, N. H., & Cardoso, C. (2016). Depressão e bem-estar subjetivo em crianças e adolescentes: teste de modelos teóricos. Psico, 47(4), 259. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2016.4.23012
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