Este artigo reconhece o papel crescente que a inovação desempenha como motor de desenvolvimentodas sociedades contemporâneas, defendendo que, neste contexto, é particularmente útil recorrer a uma visãosistémica e territorial dos processos de inovação. Ao contrário da visão convencional, que valoriza excessivamenteo papel das actividades de I&D, a visão adoptada considera os processos de inovação como o resultado de processosinteractivos de aprendizagem colectiva, envolvendo diferentes agentes e tipos de conhecimento de origem e naturezaigualmente diversificadas. A capacidade de inovar depende, assim, não só das características dos vários agentesmas também dos “meios” onde estes se localizam ou desenvolvem as suas actividades. Sugere-se, por isso, que oconceito de gestão de trajectórias territoriais de inovação pode constituir um instrumento importante de qualificaçãosustentada da capacidade colectiva de inovação em regiões com características diferentes.
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Ferrão, J. F. (2016). Inovar para desenvolver: o conceito de gestão de trajectórias territoriais de inovação. Interações (Campo Grande). https://doi.org/10.20435/interacoes.v3i4.573
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