A crise da razão no ocidente

  • Japiassu H
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Abstract

Ainda é muito freqüente apresentar as atividades científicas como “racionais”. Nesse sentido, um fosso praticamente intransponível separaria a racionalidade científica do domínio maldito do “irracional”. Numa sociedade como a nossa, dominada pela tecnociência, entregue ao culto do rendimento e à tecnocracia, a preocupação em se garantir o primado do racional é totalmente compreensível. Contrariamente à inteligência, a razão, no entanto, não é um dado natural, mas um conjunto historicamente construído de procedimentos, regras e coerções. Embora seja portadora de um aspecto incontestavelmente lógico, podemos falar de uma história da razão, em  estreita ligação com a história do ocidente, vale dizer, com a história da cultura ocidental. Nos últimos tempos, vem se impondo um estilo de pensamento caracterizado por uma profunda desconfiança da “razão” que, por ignorar completamente ser evolutiva, tornou-se profundamente intolerante em relação às paixões, às emoções e aos mistérios. A “razão” se transformou numa racionalidade instrumental prestando culto aos meios em detrimento dos fins. Donde o desencanto com a “razão” e o advento do niilismo. Buscar compreender esse fenômeno que tem sido designado como “crise da razão ocidental” é o objetivo deste artigo.

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Japiassu, H. (2012). A crise da razão no ocidente. Pesquisa Em Educação Ambiental, 1(1), 27. https://doi.org/10.18675/2177-580x.vol1.n1.p27-41

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