A Universidade Popular no Brasil

  • Romão J
  • Loss A
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Abstract

O objetivo deste trabalho foi indagar sobre a repercussão de crises recentes da universidade na sua missão e responsabilidade social e, a partir dessa reflexão, propor caminhos para a consolidação dessa responsabilidade. As três crises principais enfrentadas pela universidade a partir de meados do século XX identificadas por Boaventura Souza Santos como crises de hegemonia, de legitimidade e institucional, constituíram o quadro de discussão do problema da responsabilidade social da universidade. Embora verdadeira para as universidades dos países avançados, a perda de hegemonia no campo da pesquisa ainda não ocorre na universidade brasileira. Para superar a crise de legitimidade, justifica-se a criação de instituições acadêmicas e de formação profissional de ponta para o cultivo das elites intelectuais e profissionais do país, bem como de instituições não universitárias de educação superior de massa para a formação cultural e tecnológica dos jovens. Para possibilitar o acesso a essas instituições por segmentos socioeconômicos discriminados na sociedade, justifica-se a adoção de política de ação afirmativa na forma de cotas. A superação da crise institucional será alcançada quando o Estado respeitar a especificidade das universidades e quando os critérios de avaliação de suas funções forem adequados à sua natureza específica e a titularidade da avaliação recair nas próprias instituições assegurando a avaliação externa por pares efetivos e não por pares cooptados pelo Estado.

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Romão, J. E., & Loss, A. S. (2014). A Universidade Popular no Brasil. Foro de Educación, 12(16), 141–168. https://doi.org/10.14516/fde.2014.012.016.006

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