Disseminação de molicutes do milho a longas distâncias por Dalbulus maidis (Hemiptera: Cicadellidae)

  • OLIVEIRA C
  • MOLINA R
  • ALBRES R
  • et al.
N/ACitations
Citations of this article
33Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

O objetivo do trabalho foi testar a hipótese de que a cigarrinha Dalbulus maidis (Hemiptera: Cicadellidae) serve como reservatório natural dos molicutes (Spiroplasma kunkelii e fitoplasma) que infetam o milho (Zea mays) no Mato Grosso do Sul, após períodos prolongados de pousio. Nas safras 1997/98 e 1998/99, avaliou-se a infetividade natural de migrantes desse inseto vetor em plantios de primavera (novembro/dezembro) da região de Anastácio (MS), onde não se cultiva o milho na entressafra (abril a setembro), em duas situações distintas: (A) áreas onde o milho era plantado anualmente a partir de outubro, e (B) áreas onde o milho não era cultivado há vários anos. Cigarrinhas foram coletadas no campo e confinadas em plântulas sadias de milho, em casa de vegetação, para a inoculação dos patógenos. Após 50-60 dias, as plantas-teste foram avaliadas quanto a sintomas diagnósticos de S. kunkelii e por PCR para detecção de fitoplasma. Através dos bionsaios de transmissão, detectou-se S. kunkelii e fitoplasma em 2 a 20% e 1 a 4% dos indivíduos coletados, respectivamente. O aparecimento de adultos infetivos logo após a germinação da cultura, inclusive nas áreas onde o milho não era cultivado há vários anos, sugere que os molicutes foram transportados na entressafra por indivíduos migratórios de D. maidis.This study was designed to test the hypothesis that Dalbulus maidis (Hemiptera: Cicadellidae) serves as a natural source of mollicutes (Spiroplasma kunkelii and phytoplasma) that infect maize (Zea mays) following overseason in the State of Mato Grosso do Sul (MS), Brazil. The natural infectivity of D. maidis migrants was evaluated in spring plantings of 1997 and 1998 in the region of Anastácio (MS), where maize is not cultivated from April to September. Live leafhoppers were sampled in areas where: (A) maize was planted annually in the spring (October/December), and (B) maize had not been cultivated for several years. In a greenhouse, the leafhoppers were confined to healthy maize seedlings for pathogen inoculation. Two months later, the test plants were rated for diagnostic symptoms of S. kunkelii and tested by PCR for phytoplasma infection. Based on the transmission bioassays, S. kunkelii and phytoplasma were detected in 2 to 20% and 1 to 4% of the collected individuals, respectively. The appearance of infective adults soon after maize germination, even in the areas where maize had not been cultivated for several years, suggests that the mollicutes were transported in the overseason by migratory individuals of D. maidis.

Cite

CITATION STYLE

APA

OLIVEIRA, C. M., MOLINA, R. M. S., ALBRES, R. S., & LOPES, J. R. S. (2002). Disseminação de molicutes do milho a longas distâncias por Dalbulus maidis (Hemiptera: Cicadellidae). Fitopatologia Brasileira, 27(1), 91–95. https://doi.org/10.1590/s0100-41582002000100015

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free