O objetivo foi descrever e comparar diferenças na restrição na participação social de indivíduos após acidente vascular encefálico (AVE) na fase crônica, considerando as deficiências, limitações em mobilidade e fatores pessoais. A restrição na participação social foi mensurada pelo LIFE-H 3.1-Brasil; as deficiências pela Escala de Depressão Geriátrica e Escala de Fugl-Meyer (EFM); as limitações em mobilidade pela velocidade de marcha e Timed Up & Go (TUG) e os fatores pessoais incluíram sexo, idade, situação familiar e tempo de evolução pós-AVE. Observou-se restrição significativa na área de recreação. Em geral, restrições na participação social foram observadas em participantes com escores ≤28 na EFM-membro inferior, sintomas de depressão, marcha comunitária limitada, risco de quedas e tempo de evolução ≤5 anos. Aqueles com escores ≤45 na EFM-membro superior apresentaram maior restrição em algumas áreas das atividades diárias. As mulheres apresentaram maior restrição em papéis sociais. Os resultados sugerem que deficiências e limitações relacionadas aos membros inferiores, sintomas depressivos e tempo de evolução devem ser considerados na avaliação, quando o objetivo da reabilitação for aumentar a participação social de indivíduos pós-AVE.
CITATION STYLE
Faria-Fortini, I., Basílio, M. L., Polese, J. C., Menezes, K. K. P., Faria, C. D., Scianni, A. A., & Teixeira-Salmela, L. F. (2017). Caracterização da participação social de indivíduos na fase crônica pós-acidente vascular encefálico. Revista de Terapia Ocupacional Da Universidade de São Paulo, 28(1), 71. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v28i1p71-78
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.