Uma Mente Embebida na Cultura

  • Abrantes P
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Abstract

Este artigo investiga o papel que a cultura desempenha em diferentes cenários para a evolução humana. A primeira parte expõe os elementos básicos de uma explicação da capacidade da mente humana para atingir ordens mais elevadas de intencionalidade, tomando como referência a tese da complexidade do ambiente social e a hipótese da inteligência social. Explora-se as implicações dessas teses para a questão de como evoluiu, na linhagem hominínea, uma modalidade de aprendizagem social que possibilitou a acumulação cultural. A partir desse pano de fundo, expõe-se como Richerson e Boyd explicam a evolução da ultrassociabilidade humana pressupondo uma interação entre herança cultural e herança genética e traça-se um paralelo com a história natural que nos oferece Tomasello das origens da cultura humana e do papel que desempenha na coordenação social. A segunda parte do artigo é uma tentativa de explicitar, nesses e em outros cenários, algumas imagens de natureza humana que são pressupostas tacitamente. Para tanto, discute-se vários temas: a ambivalência entre conflito e cooperação no tratamento da evolução humana; a sempre renovada controvérsia entre adaptacionistas e construtivistas; e a possibilidade de um vínculo mais estreito entre os processos de desenvolvimento e de evolução. Ao final são esboçadas algumas idéias, com um caráter programático, sobre como essas imagens se articulam com outras: relativas à linguagem, como traço distintivo da nossa espécie, e à arquitetura da mente humana.

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Abrantes, P. (2018). Uma Mente Embebida na Cultura. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, 6(1), 09–48. https://doi.org/10.26512/rfmc.v6i1.18649

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