Os GNSS (Global Navigation Satellite Systems) têm ganhado bastante visibilidade nas últimas duas décadas, sendo atualmente aplicados em diversas atividades, as quais vão muito além do posicionamento e navegação; algumas delas requerem alta acurácia (centimétrica a milimétrica), como o monitoramento de estruturas e a agricultura de precisão. Para atender a estas necessidades, diferentes métodos de posicionamento foram desenvolvidos, como o posicionamento por ponto (simples e preciso) e o posicionamento relativo. Mais recentemente, surgiu a possibilidade do posicionamento em tempo real com uso de redes, tanto para o posicionamento por ponto quanto para o relativo. O lançamento de novas constelações globais de satélites tem permitido a integração dos diferentes sistemas que, quando bem-sucedida, oferece melhorias para o posicionamento quanto à disponibilidade de satélites, à geometria entre o receptor e o satélite, à solução das ambiguidades e o desempenho deste quando comparado ao uso isolado dos sistemas. Nesse sentido, este artigo tem por objetivo apresentar uma revisão e o estado da arte das principais características dos quatro sistemas globais e dos diferentes métodos de posicionamento, dando destaque para a integração multi-GNSS, tendências e desafios em cada um deles. São também apresentados resultados comparando o posicionamento GPS ao posicionamento multi-GNSS com as quatro constelações e uso de uma máscara de elevação de 25°, simulando um ambiente obstruído. Com relação à acurácia do posicionamento, que leva em consideração o erro e desvio-padrão na estimativa da posição, a integração dos sistemas trouxe uma melhoria de até 44%.
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Setti Júnior, P. de T., Silva, C. M. da, Oliveira Júnior, P. S. de, Alves, D. B. M., & Monico, J. F. G. (2020). Posicionamento multi-GNSS. Revista Brasileira de Cartografia, 72, 1200–1224. https://doi.org/10.14393/rbcv72nespecial50anos-56580
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