Violência contra a mulher, coesão familiar e drogas

  • Rabello P
  • Caldas Júnior A
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Abstract

OBJETIVO: Avaliar a associação entre coesão, adaptabilidade e risco mental familiar com violência física contra a mulher e uso de drogas. MÉTODOS: Estudo tipo caso-controle pareado realizado entre 2004 e 2005 na cidade de João Pessoa, Paraíba. A amostra foi constituída por 260 mulheres, divididas em 130 agredidas e 130 não agredidas. O grupo caso foi constituído de mulheres que prestaram queixa por agressão física doméstica na Delegacia Especializada da Mulher. O grupo controle foi pareado com mulheres vizinhas de bairro das vítimas queixosas na Delegacia. A coesão, a adaptabilidade e o risco mental foram avaliados pela escala Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scales. Na análise estatística, foram utilizados os testes qui-quadrado e Exato de Fisher, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Os dois grupos se comportaram de forma diferente em relação ao risco mental e coesão, mas semelhantes quanto à adaptabilidade familiar (p=0,0917). As mulheres agredidas apresentaram risco mental alto (43,1%) e médio (39,2%), diferentemente das não agredidas (p=0,0016), que apresentaram médio risco (55,4%). Houve diferença significativa entre os dois grupos para o uso de drogas, com consumo maior nas famílias das mulheres agredidas (90,8%) do que das não agredidas (56,9%). A droga mais utilizada foi o álcool, sendo o mais alto fator de risco para a agressão, quando consumido diariamente (OR=37,33) ou associado a outra droga (OR=29,56). CONCLUSÕES: O desequilíbrio pela falta de união entre a família e o uso de drogas altera decisivamente no funcionamento familiar, podendo gerar conflitos e agressões domésticas.OBJECTIVE: To evaluate the association between cohesion, adaptability and mental risk in families, physical violence against women and the use of drugs. METHODS: Data for this paired case-control study was collected in 2004 and 2005 in the city of Joao Pessoa, in Northeastern Brazil. The sample included 260 women, divided into 130 battered individuals and 130 non-battered. The case study group consisted of women who lodged complaints for domestic violence at the Specialist Women's Police Station. The control group was made up of women living in the same neighborhood as those who had made the complaint. Cohesion, adaptability and mental risk were all measured using the "Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scales". For the statistical analysis the Chi-square and the Fisher's Exact Tests ere used, at a significance level of 5%. RESULTS: The two groups differed for measures relating to mental risk and cohesion, but had similar results for family adaptability (p=0.0917). The women victims of domestic violence had high (43.1%) and medium (39.2%) mental risk, while the non-victims had only medium risk (55.4%). There was a significant difference in drug use between the two groups, with greater consumption among the families of battered women (90.8%) compared with those of non-battered women (56.9%). The most widely used drug was alcohol, which also represented the highest risk factor for aggression if consumed daily (OR=37.33) or in conjunction with other drugs (OR=29,56). CONCLUSIONS: Both the instability caused by a lack of family unity and the use of drugs significantly affect family functioning and may give rise to conflict and domestic violence.

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Rabello, P. M., & Caldas Júnior, A. de F. (2007). Violência contra a mulher, coesão familiar e drogas. Revista de Saúde Pública, 41(6), 970–978. https://doi.org/10.1590/s0034-89102007000600012

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