Dificuldade de aprendizagem é situação comum em crianças com epilepsia. Distúrbios da inteligência têm sido associados com epilepsia. O potencial cognitivo (P300) é um adjunto clínico para mensurar neurofisiologicamente o processo cognitivo. Foram estudadas 99 crianças com 10 anos a 11 anos e 11 meses. Do Grupo I, sem epilepsia, faziam parte 64 crianças, das quais 32 com bom rendimento e outras 32 com mau rendimento escolar. Do Grupo II, com epilepsia, faziam parte 35 crianças, sendo 21 com bom rendimento escolar e 15 com mau rendimento escolar. Não foi encontrada diferença significativa na latência do P300 entre os dois grupos. Quando foram estratificados segundo o desempenho escolar, as crianças do Grupo I, com bom rendimento escolar, apresentaram latência do P300 de 336 ms e as com mau rendimento escolar, latência de 382 ms; as crianças do Grupo II, com bom rendimento escolar, apresentaram latência do P300 de 363 ms e as com mau rendimento escolar, latência de 400 ms, com diferença significativa. Essa diferença estava localizada entre as crianças não epilépticas com bom desempenho escolar e as com mau desempenho escolar, epilépticas ou não.Learning disability is common in epileptic children. Epilepsy has been associated with disorders of intelligence. Cognitive potential (P300) is considered to be a clinical aid in the neurophysiological measurement of the cognitive process. Ninety-nine children between the ages of 10 years and 11 years and 11 months formed our sample, with good and poor school performance. Group I, non-epileptic, had 64 children of whom 32 had good and 32 poor school performance. Group II, epileptic, had 35 children, of whom 21 had good and 15 poor school performance. No significant difference in P300 latency was found between Groups I and II. When groups were stratified based on school performance, Group I children with good school performance had P300 latency of 336 ms, while the ones with poor school performance had latency of 382 ms. Group II children with good school performance had P300 latency of 363, while the ones with poor school performance had latency of 400 ms. There was a statistically significant difference between the non-epileptic children with good school performance and the children with poor school performance, epileptic or not.
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VISIOLI-MELO, J. F., & ROTTA, N. T. (2000). Avaliação pelo P300 de crianças com e sem epilepsia e rendimento escolar. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 58(2B), 476–484. https://doi.org/10.1590/s0004-282x2000000300013
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