Este artigo pretende mostrar que o enfoque das "capacitações dinâmicas" da firma, quando aborda o tema da cooperação interfirmas, pode ser dividido em duas vertentes razoavelmente distintas, no que se refere a desenvolvimentos teóricos sobre sua coordenação: (i) uma análise denominada "Freeman-Lundvall", que teoricamente busca interfaces com abordagens da sociologia; e (ii) uma análise denominada "Teece-Pisano", teoricamente bastante próxima da abordagem dos custos de transação. Conclui-se que a visão "Teece-Pisano" é a única entre as duas que é compatível com uma teoria dos contratos, o que a permite considerar uma importante fonte de vantagem competitiva - a economia de custos de transação. Por isso, é analiticamente mais relevante se a cooperação é tratada, em termos teóricos, como uma estratégia subordinada ao processo de concorrência capitalista.This article shows that the "dynamic capabilities" approach - when treated in respect to inter-firm cooperation - can be divided into two distinct views for theoretical analysis about coordination: (i) the "Freeman-Lundvall" view searches for interfaces with sociology analysis; and (ii) the "Teece-Pisano" view is in theoretical perspective very near transaction costs analysis. This article concludes that the "Teece-Pisano" view is the unique between both that is compatible with a contract theory, and that allow for considering an important source of competitive advantage - the economy of transaction costs. Thus, the "Teece-Pisano" view is more relevant if cooperation is treated, in theoretical perspective, as a subordinated strategy in the capitalist competition process.
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Grassi, R. A. (2006). Capacitações dinâmicas, coordenação e cooperação interfirmas: as visões Freeman-Lundvall e Teece-Pisano. Estudos Econômicos (São Paulo), 36(3), 611–635. https://doi.org/10.1590/s0101-41612006000300007
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