A colecistectomia é uma das intervenções mais realizadas no Brasil, pela alta prevalência de patologias benignas da vesícula. Objetivou-se analisar o recente panorama epidemiológico das técnicas operatórias de Colecistectomia Convencional versus Videolaparoscópica realizadas no Sistema público de saúde no Brasil. Realizou-se uma coleta observacional, descritiva e transversal dos dados sobre Colecistectomia Convencional e Videolaparoscópica, disponíveis no Sistema de Informações Hospitalares do SUS englobando o período entre janeiro de 2010 a dezembro de 2020. O contingente total de colecistectomias realizadas nesse período foi 2.057.184, concentrando-se principalmente na Região Sudeste. Dessas, 679.880 foram por via videolaparoscópica e 1.377.304 por via laparotômica, A taxa de mortalidade foi de 0,13 pela via laparoscópica, enquanto a laparotômica obteve 0,53. Em relação aos custos hospitalares, a colecistectomia vídeolaparoscópica representou apenas 34% do gasto total em colecistectomias realizadas por hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) com média de permanência hospitalar de 2,7 dias. Em suma, a colecistectomia por via laparotômica ainda representa a maioria desse tipo de procedimento no país, embora a via laparoscópica apresentou menor taxa de mortalidade, media de permanência e custos hospitalares.
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De Souza Coutinho, L., Baylão Penna, M., & Martins de Oliveira Maia, L. (2022). Análise epidemiológica do perfil das colecistectomias realizadas no Brasil nos últimos 10 anos. Revista de Saúde, 13(1), 67–72. https://doi.org/10.21727/rs.v13i1.2817
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