Atualmente ainda é possível encontrar abordagens didáticas centradas na descrição de formas e fenômenos em detrimento do estudo dos processos. O presente artigo propõe que o ensino de Geomorfologia enfoque os processos de apropriação e transformação de paisagens sem distanciar-se das demandas sociais e da busca por soluções de problemas relacionados à gestão do território. O relevo do Rio de Janeiro é usado como objeto da proposta de ensino crítico e inclusivo, entendendo que a sociedade atua como agente geomorfológico – aspecto que caracteriza o Tecnógeno. Os mapeamentos geomorfológicos e a sua representação cartográfica adequada são instrumentos fundamentais para a compreensão da dinâmica de evolução da paisagem. Por fim, compreender as formas de apropriação da paisagem pelos diferentes grupos sociais fornece elementos para uma educação que evidencie os riscos e conflitos ambientais das diversas formas de uso do solo. O ensino de Geomorfologia pode ser cativante na medida em que colocamos em evidência a sua importância no processo de organização espacial da sociedade.
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Castro, C. M. de, & Silva, T. M. da S. (2015). Apropriação do relevo e paisagens tecnogênicas: discussões acerca do ensino da geomorfologia com base em exemplos cariocas e fluminenses. Terrae Didatica, 10(2), 81. https://doi.org/10.20396/td.v10i2.8637367
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