O Câncer é uma doença de alta prevalência e letalidade, sendo uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Nas últimas décadas, grandes avanços foram alcançados na luta contra o câncer, com alguma tradução em curabilidade. Contudo, esses avanços ainda não são suficientes, de modo que o prognóstico do paciente com câncer ainda é, geralmente, desfavorável. De fato, há ainda diversas lacunas em nosso conhecimento a respeito dessa complexa e heterogênea doença. Diversos tratamentos contra o câncer já estão disponíveis à prática clínica - e outros ainda estão sendo desenvolvidos - uma delas a quimioterapia, tanto a tradicional quando a alvo dirigida, utilizada, sobretudo, como tratamento primário contra doença metastática ou secundário contra doença local ou localmente avançada. Diversos fatores podem atuar, através de vários mecanismos, de modo a determinar a falha do tratamento quimioterápico. Esses fatores estão distribuídos ao longo de diversas escalas biológicas, do nível molecular ao socioeconômico, tornando uma visão holística do tratamento um grande desafio, prejudicando a compreensão acerca do que pode dar errado. O objetivo deste trabalho é ser uma leitura compreensiva - mas não superficial - dos muitos fatores que influenciam o sucesso de quimioterapia. Deste modo, o resultado foi a presente discussão, na qual foram expostos avanços recentes, desafios a serem superados e novos caminhos a serem explorados na área.
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Junqueira, M. Z., & Chammas, R. (2018). Cancer chemotherapy failure: a synthetic view. Revista de Medicina, 97(2), 141. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v97i2p141-153
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