A Poliomielite foi eliminada no Brasil, desde a década de 90, atribuído ao sucesso das campanhas de vacinação no país, tendo o último caso registrado em 1989. Porém uma baixa cobertura vacinal é um dos fatores de alerta, para a volta da circulação do vírus selvagem no país e das sequelas permanentes provocadas pelo vírus, exigindo assim um monitoramento contínuo no território. Este trabalho teve como objetivo analisar a distribuição espacial da cobertura vacinal (CV) da poliomielite na região Nordeste do Brasil em 2020 quanto a meta de CV ≥ 95%. Os dados públicos do indicador da Taxa de CV foram obtidos do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações no site do DATASUS. Os resultados até o momento da extração mostram a Região Nordeste com cobertura de 71,8% inferior à meta, sendo a menor taxa de CV registrada, no estado do Maranhão (60,1%) e a maior, no Ceará (86,9%). O Estado do Maranhão, também apresentou um maior número de municípios em situação crítica (23,5%),) com cobertura vacinal ≤ 50%. Os dados espaciais mostram uma tendencia de agrupamento de municípios com alta cobertura vacinal em alguns estados da região, porém não altera a conclusão de que em 2020 a população menor de um ano esteve em situação de vulnerabilidade quanto a reintrodução do vírus selvagem na maior parte dos municípios dos estados dessa região e nos demais estados brasileiros.
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Santana, E., Braz, C. L. M., Vital, T., & Gurgel, H. (2022). Cobertura vacinal da poliomielite na região Nordeste do Brasil no primeiro ano de pandemia por Covid-19. Estrabão, 3, 1–15. https://doi.org/10.53455/re.v3i.29
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